Vias de morte

25/06/2014 11:55

Todos os dias que antecedem um feriadão há em todos meios de comunicação, campanhas relacionadas à segurança no trânsito. Questiono-me, o que faz os números de acidentes no trânsito crescer tanto? Falta de aviso; falta de educação; má qualidade das vias ou leis que não são regidas e rígidas?

            Há inúmeras campanhas de conscientização em relação ao trânsito, este assunto é moda há muito tempo, todos sabem que dirigir em alta velocidade e/ou alcoolizado são fatores fundamentais para um risco de acidentes, muitas vezes fatais. Nós seres humanos, sabemos muito bem isso, e não agüentamos mais abrir os jornais ou ver outros meios de comunicação, noticiários de acidentes fatais no trânsito.

            O que está errado então? São os órgãos fiscalizadores que não estão cumprindo seus papéis? Ou não fazem cumprir a lei? A lei não é tão rígida assim? Quem viu alguém preso por ter tirado a vida de alguém no trânsito, por exemplo, dirigindo alcoolizado? Ou será que o problema está no ser humano?

            O ser humano parece que nasceu para descumprir as regras. Principalmente no trânsito se vê muito isso; pois quem já não passou por um sinal vermelho? Se o ser humano não descumprisse as regras e pensasse e se colocasse num todo, não precisaríamos de leis e multas por inferir elas. Parece-me assim, que “o homem é mau por natureza”, como dizia o filósofo inglês Hobbes (1588-1679), mas isso é assunto para outro texto. O ser humano, sempre pensa que nunca irá acontecer isso consigo e, somando com o excesso de confiança, resulta na problemática situação do trânsito nacional.

            Lógico que, todos os aspectos citados no primeiro parágrafo são fatores que ajudam a aumentar esta problemática, mas a maioria das vezes, a imprudência é a maior vilã deste problema nacional que para mim já se tornou um problema social.

            O ser humano quando entra seu veículo, pensa que, está envolto a uma armadura, do tipo da Idade Média, e que nada vai o atingir; mas não pensa que este que está dentro desta suposta e imaginária “armadura” atinge a si mesmo.

            Todos sabem que, bebidas alcoólicas e direção não combinam, mas estão por aí estes “cavaleiros” com suas “armaduras”, armados, prontos para atingir suas vítimas. O veículo na mão de um ser alcoolizado se transforma em uma arma.

            Há falta de fiscalização sim, as leis poderiam ser mais rígidas, tirar o veículo das mãos dos motoristas imprudentes, já que o “carro” é uma paixão dos brasileiros, atingiria a sua paixão, talvez só assim o ser humano aprendesse a compreender melhor a situação. Que regem as leis, que tenhamos estradas com melhores condições de rodagem, e que o machismo do motorista (cito aqui os homens, pois a maioria dos acidentes graves acontece com eles na direção) seja colocado de lado, pois excesso de confiança somando com alta velocidade é imprudência grave.

Senhor motorista, você não está dentro de uma “armadura”.