Tudo culpa do super-heróis?

13/06/2014 17:10

 

Após um período sem escrever (peço desculpas por isso), volto por aqui. Estive muito atarefado, com eventos e aulas para dar e aulas a receber, porém estou procurando tempo para compartilhar com vocês minhas ideias. Pois bem, muitos vieram até a mim, questionar sobre o massacre (de certa forma terrorista), no Colorado, EUA. Bom, me procuraram, pois foi um ataque em um cinema, na qual a sessão era do filme Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge. 

Se fosse qualquer outro filme, ninguém iria me procurar, isso tenho certeza. Mas o que percebo é que, existe uma crítica enrustida nos brasileiros em relação aos personagens de super-heróis dos quadrinhos. Muitos vieram com questões sobre o que as páginas das histórias em quadrinhos podem causar, já que ali está muitas cenas de violência, onde incentiva os hábitos violentos nos seus leitores. Primeiramente eu questiono: quantos casos de massacres como este, no Colorado vemos por aí, em relação à adaptações dos quadrinhos de super-heróis para o cinema? Agora, quantos casos de massacres desse tipo, vemos por aí (principalmente em solo norte-americano), por motivos banais aos nossos olhos? 

Nos EUA, há um histórico desse tipo de casos. A pouco mais de dois anos, aconteceu algo parecido em uma universidade norte-americana. A pergunta que faço: É culpa dos super-heróis também? Há mais de uma década, Hollywood, investe pesado em adaptações de quadrinhos para o cinema, rendendo milhões de espectadores ao redor do mundo, e nunca, nunca teve notícia de algo parecido. Pois bem, era um filme do Batman, e o criminoso psicopata, James Holmes, se dizia ser o Coringa, e com isso vários psicólogos e psiquiatras no Brasil, fazem relação com a carta (coringa) do baralho, pois esta é uma carta diferente,  que pode modificar toda a jogada. E com isso, o criminoso poderia se sentir alguém que poderia mudar toda a história. Porém, o personagem Coringa, não aparece neste novo filme da trilogia Batman. Outra, o vilão que conhecemos aqui no Brasil como Coringa, não tem esse nome por lá, e sim de Joker, que na tradução ao pé da letra, seria piadista. Cai sobre terra as analogias que fazem com a carta coringa. É mais fácil criticar, do que estudar um pouco a história do que está sendo criticado. As histórias em quadrinhos trazem sim, cenas de violência, porém não é só isso que trazem, trazem diversas questões relacionadas no dia a dia de todo ser humano normal. Se as cenas de violência incentivavam hábitos violentos em seus leitores, o país que é o maior consumidor de quadrinhos no mundo, o Japão, não teria o menor índice de criminalidade registrado. 

O que querem com isso, é voltar a velha caça às bruxas, tudo tem que ter um culpado, e a moda da vez são os quadrinhos.